Assunto atualmente muito presente no mundo digital e uma das tendências mais reverberadas durante a NRF 2022 (Retail’s Big Show), apesar de ainda não existir propriamente, já é um dos maiores investimentos das grandes marcas mundiais como Amazon, Microsoft, Snapchat e Meta (novo nome do The Facebook Company). O metaverso é a evolução da Internet: uma inovação nascida da fusão de diversas tecnologias, como redes sociais, criptomoedas, universo 3D, realidade virtual e realidade aumentada, entre outros. Como alguns especialistas definem, “o metaverso será o espelho do mundo real refletindo no mundo digital”.
Trata-se de um novo ambiente digital que mescla relacionamento, compra e experiência de interação com marcas – jamais substituirá a Internet, mas sim usufruirá dela para entregar além da nossa realidade atual no mundo virtual. Esse é inclusive um dos desafios do metaverso no Brasil, onde a qualidade e disponibilidade de Internet não são excepcionais, somado ao alto custo dos dispositivos de realidade virtual, os quais são importados e taxados com impostos abusivos.
Justamente por ser uma realidade a longo prazo, é uma tendência que precisa necessariamente dar seus primeiros passos ainda hoje. E o primeiro grande passo para o metaverso lá no futuro, é ser omnichannel ainda hoje: oferecer praticidade e conveniência aos consumidores estando presente no maior número de canais possíveis e com integração entre eles – não somente em comunicação e relacionamento (mesmo speech de marca e mesmo histórico do cliente), mas ter estoque, logística e demais áreas integradas, oferecendo diversos meios de pagamento (leia mais no último post do Blog da Bem) e serviços referentes à omnicanalidade, como por exemplo a opção de “compre online e retire na loja física”.
Já vemos hoje em dia algumas ações inovadoras que andam na trilha do futuro metaverso, como os provadores virtuais que as Lojas Renner, Nike e outras oferecem, permitindo que os consumidores “experimentem” roupas e calçados através da tecnologia de realidade aumentada, usando apenas a câmera do celular. Recentemente também foi lançada a venda de uma bolsa virtual da Gucci no jogo Roblox. Assim como, em setembro de 2021, em uma collab entre o Facebook e a Ray-Ban, foram lançados os óculos Ray-Ban Stories, um wearable device (tecnologia vestível): óculos inteligentes (podendo ser de grau e/ou de sol) com câmera e áudio, que pode tirar fotos, gravar vídeos, ouvir músicas e fazer chamadas, e ainda permite compartilhar os conteúdos criados por ele diretamente nas suas redes sociais.
Porém o metaverso não se trata apenas de comércio, como os exemplos apresentados acima. Ele vem como uma oportunidade para oferecer novas formas de entretenimento e também comodidade no cotidiano profissional, como participar de reuniões em um ambiente digital criado especialmente para isso, permitindo inclusive a interação dos participantes (como avatares) com esse espaço “físico”.
Voltando aos benefícios dessa tendência ao mundo comercial, pensando no mercado B2B, podemos considerar a existência de visitas a grandes feiras virtualmente, “onde” será possível caminhar entre stands, manusear e testar produtos, realizar reuniões e negociações como avatares junto às marcas expositoras, assim como realizar pedidos no ato. As possibilidades são infinitas, propiciando uma interação mais profunda com os produtos.
A espera pelo metaverso tem altas expectativas. Segundo a Bloomberg Intelligence, setor de pesquisas do Bloomberg Terminal, esse mercado poderá atingir a cifra de US$ 800 bilhões em investimentos já em 2024.
No caso do e-commerce, as possibilidades são incontáveis. Os clientes poderão interagir de maneira mais profunda com os produtos e comprá-los no ambiente virtual para receberem em casa. Ou, pensando mais alto, um novo nicho de mercado já se apresenta, com produtos voltados para o consumo no digital, como roupas para os próprios avatares.
E o mundo já aguarda ansiosamente por isso com expectativas altas. Segundo um estudo realizado pela Bloomberg Intelligence, o mercado do metaverso poderá atingir um valor de US$ 800 bilhões já em 2024. Apesar de afirmarmos anteriormente que é uma “realidade a longo prazo”, a atualidade já exige passos para adequação das empresas a esse novo futuro. Esteja preparado para revolucionar seu e-commerce corporativo ao próspero universo 3D.